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domingo, 24 de abril de 2011

O Domingo de Páscoa


Páscoa é passagem.

Passagem do anjo da morte sobre os lares dos judeus, que escravos no Egito, ungiram os umbrais de suas casas com o sangue do cordeiro que fora imolado e feito refeição simbolizando a união daquele povo com o seu Deus.

Páscoa é passagem.

Passagem do anjo da morte que matou os primogênitos de toda a terra do Egito. Primogênitos de homens, primogênitos de animais.

Passagem que passa por cima daqueles que clamaram por libertação.

"Disse o Senhor: 'De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito, e também tenho escutado o seu clamor, por causa dos seus feitores, e sei quanto eles estão sofrendo. Por isso desci para livrá-lo das mãos dos egípcios e tirá-los daqui para uma terra boa e vasta, onde manam leite e mel: a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus. Pois agora o clamor dos israelitas chegou a mim, e tenho visto como os egípcios os oprimem.'" (Ex 3:7-9)

Não existe Páscoa sem o clamor de um povo e o ouvir do seu Deus.

Páscoa é passagem.

É a passagem da morte sobre todos nós que nos encontramos povo de Deus em Cristo Jesus. Nos encontramos mortos para a morte porque de Jesus recebemos uma mais preciosa e verdadeira vida.

Páscoa é passagem.

Mas apenas passagem sobre nós. Porque o anjo da morte passou através de Jesus de Nazaré, matando-o, fazendo dele o nosso Cordeiro, Cordeiro de Deus. E é o sangue de Jesus que hoje passamos nos umbrais de nossa vida, de nosso coração e do mundo onde nos encontramos.

Pelo sangue de Jesus somos encontrados salvos da morte. Morte certa e justa, porque deveríamos de fato morrer, pois o pecado que nos dominava apontava sempre para a sentença capital.

Mas sentenciado foi Jesus.

Em seu lugar.

Em meu lugar.

Agora Jesus é a nossa páscoa. É ele quem impede que a morte nos alcance definitivamente. E isso porque ele não apenas morreu tomando o nosso lugar, antes ressuscitou dentre os mortos explodindo em vida tudo o que se nomeia morte.

A morte nunca mais terá a palavra final. Cristo vive! e não vive apenas em nossos corações, claro que não! Ele vive na história, na existência, em todas as dimensões de espiritualidade, Ele vive verdadeiramente porque venceu a morte.

Jesus está vivo. E é isso que pauta nossa esperança, a esperança de que a morte jamais nos alcançará definitivamente. Neste sentido, para nós, os que estamos em Cristo, Páscoa é sempre libertação para a vida. Seus clamores chegaram aos ouvidos de Deus, meu querido irmão. E o Cordeiro de Deus morreu em seu lugar, mas está vivo, muito vivo, para assegurar que a sua liberdade ultrapasse as cadeias do último inimigo de nossas vidas, ou seja, o fim da vida.

Jesus está vivo! O dom da vida é real e eterno!

Deus o abençoe poderosamente.

Feliz Páscoa!


Pr. Carlos Magalhães

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