Ministério de Ensino
Blog do Ministro de Ensino Bíblico da Segunda Igreja Batista de Campos
terça-feira, 31 de maio de 2011
Malote de Célula - mês Maio/Junho - semana 4
Ester – a posicionada. Es 4:12-14
O rei Xerxes havia destituído sua rainha porque ela não quis comparecer ao banquete real afim de que ele a exibisse para seus convidados. Então, acontece no reino uma espécie de concurso para determinar quem seria a nova rainha. Mardoqueu, o judeu, leva sua sobrinha para participar e ela ganha a posição de rainha no reino de Xerxes.
Neste meio tempo, Mardoqueu se rebela contra as ordens que o obrigavam a se curvar diante de Hamã, o homem mais poderoso do reino depois do rei. Então Hamã planeja exterminar Mardoqueu e todo o seu povo.
É neste contexto que acontece o diálogo entre Mardoqueu e Ester a rainha. “Quem sabe não foi para um momento como este que você chegou a posição de rainha?” é como Mardoqueu questiona Ester. É como Deus nos questiona. Quem sabe a posição que você se encontra atualmente não é a posição que só você poderia ocupar para transformar o mundo?
A primeira consequência de uma vida santa é que santificados nós vemos a Deus (Mt 5:8). Vemos Deus claramente atuando na nossa história e na História. Vemos Deus movendo as peças para que o nome do Filho seja exaltado e reconhecido como nome acima de todo nome. Vemos Deus nos dando oportunidades para que com a nossa vida possamos ser usados por Deus para a salvação da humanidade, dentro das posições em que Ele mesmo nos coloca.
Ester, posicionada, agarra a oportunidade, pois vê o Senhor movendo as peças (através de sua vida) para salvar o seu povo do extermínio. Repare que Mardoqueu era plenamente confiante no seu Deus. O povo seria liberto de qualquer maneira, mas Deus queria usar Ester e cabia a ela aproveitar a oportunidade criada pelo Senhor dentro da posição que ela ocupava.
Seja um oportunista santo. Assuma as posições que Deus tem colocado preparado para que você as assuma. Aproveite as oportunidades que se colocam diante de você para que pessoas sejam abençoadas através de sua vida.
Malote de Célula - mês Maio/Junho - semana 3
Davi – o restaurado. Salmo 51
O rei Davi foi um adúltero. Também foi um homicida. Ele toma a mulher de Urias e a engravida, depois trama para que Urias, que estava em Jerusalém em um intervalo dos confrontos, durma com sua esposa. Urias, homem nobre, nega o pedido do rei, pois prefere ficar com seus soldados e seu superior. Então, como não havia um modo de Davi esconder a gravidez de Bete-Seba, manda colocar Urias em uma posição de batalha que necessariamente lhe custaria a vida.
Adúltero e Assassino.
Porém, homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13:14 e At 13:22).
O que faz de Davi ser alguém tão especial aos olhos de Deus, apesar de ter atitudes tão reprováveis tanto aos olhos do Senhor quanto aos olhos do seu povo?
A verdade é que Davi é tão pecador como qualquer um de nós. Não há nada de diferente em Davi e, pode ser, que em seu lugar tomaríamos as mesmas decisões, incorreríamos nos mesmos erros e pecaríamos da mesma maneira.
O que Davi trás dentro de si é o que o diferencia: o coração de Davi é um coração quebrantado. Ele se arrepende. Ele olha para dentro de si e sabe que não é assim que ele deveria ser. Quando sua vida se desloca para fora da vontade boa, agradável e perfeita do seu Senhor, ele sofre e sofre porque é um homem em busca de santidade, apesar de seus inúmeros e nefastos erros.
Por isso Deus o restaura. Deus o perdoa! (1 Sm 12:13).
Restauração é deixar Deus assumir o controle de nossas vidas para que ele possa reparar aquilo que está em mau estado de conservação, aquilo que ao longo da jornada se estragou por causa de nossas próprias atitudes pecaminosas.
Ao lermos o Salmo 51 vimos um homem arrependido, confessando a sua pequenez e sendo restaurado pelo Deus a quem deposita a sua confiança.
A restauração implica em uma vida de arrependimento que desemboca em uma vida de proclamação (Salmo 51:13-15). Uma vida restaurada é uma vida que leva benção para as pessoas a nossa volta (Salmo 51:18 e 19). Por isso, ser restaurado é ser santificado por Deus para uma vida de ação em Seu Reino.
Malote de Célula - mês Maio/Junho - semana 2
Naamã – o curado. 2 Re 5:1-19
Naamã, como disse o nosso pastor, herói nacional, porém leproso. Homem, porém indigno. Guerreiro vencedor, porém um derrotado fisicamente e moralmente.
Sem saber o que fazer, ele dá ouvidos a pequena escrava que lhe diz: “Se o meu senhor procurasse o profeta que está em Samaria, ele o curaria da lepra.”
Mas ao chegar em Samaria, Naamã procura o rei! Quantas vezes nós deixamos de procurar o Deus eterno e liderança constituída por Deus em nossas vidas para procurarmos os “tios e tias espirituais”, os “missionários” de ocasião, os homens e mulheres da moda com seus programas televisivos bacanas.
Mas ao chegar em Samaria, Naamã leva presentes! Quantas vezes nós, libertos em Cristo, mas necessitados do nosso Deus, não tentamos comprar as bençãos do nosso Deus com presentinhos, como se Deus pudesse se dobrar com as nossas lembrancinhas, como se o amor de Deus pudesse ser comprado. Não existem relações comerciais entre nós e Deus. Ele nos abençoa porque nos ama e nós o buscamos porque o amamos e somos amados.
Mas enfim, Naamã chega ao profeta – Mergulhe sete vezes no Jordão. E Naamã se decepciona, ele queria espetáculo espiritual (11), ele preferiria os rios da Síria, que de fato eram muito mais portentosos do que o minguado Jordão (12).
Deus usa caminhos que nós jamais pegaríamos para nos curar. Deus nos confronta e nos cura por inteiro. Sem espetáculo e fantasmagorismo. Naamã foi dobrado em sua soberba nacionalista. Naamã foi curado em sua vergonha moral. Naamã foi curado da lepra, mas acima de tudo foi transformado espiritualmente.
Por fim, Naamã se converte. Leva um pouco de terra samaritana para poder adorar ao Deus Eterno em sua própria terra. A cura, queridos irmãos, nos leva a uma vida santa de adoração. A cura nos coloca na posição de adoradores que tributam a Deus suas próprias vidas. E quantos de nós não precisamos ser curados para que assim, tratados, adoremos ao nosso precioso Jesus por inteiro. Mergulhe no rio que Deus lhe mandar mergulhar. Deixe Deus ser Deus em sua vida e não tente fazer as coisas à sua maneira, porque à maneira de Deus, muitas vezes pode ser incompreensível e absurda, mas é, sem dúvida, o único caminho para a cura integral.
Malote de Célula - mês Maio/Junho - semana 1
Gadareno – o liberto. Mc 5:1-20
Temos aqui a história de um homem sem nome. Um homem que levou Jesus de Nazaré a ir ao seu encontro única e exclusivamente por amor à sua vida. O Gadareno era alguém completamente dominado pelo diabo. Um homem possesso, entregue por inteiro à pata suja e nojenta de Satanás.
Mas Jesus o amou. Jesus o encontrou em meio a total degradação física, moral e espiritual. Jesus não manteve-se indolente, porque o Nosso Senhor nunca é insensível à dor de um ser humano.
No texto, lemos que nada que os homens faziam para tentar domar aquele homem possuído tinha eficácia. As correntes eram quebradas, o ferro era vencido, a força humana era humilhada. Nada era suficientemente forte para conter o poder de Satanás sobre aquela vida.
Nada menos o amor de Deus para conosco.
Jesus liberta o gadareno totalmente. Sua obra não é nunca feita em partes, ao contrário, tudo aquilo que é tocado pelo Nazareno é plenamente refeito para a glória do Pai pelo poder do Espírito (15).
Interessante é que Jesus não permite que o gadareno o siga. Isto é mais que um detalhe do texto, é uma lição para as nossas vidas. Jesus o chama para que ele fique! E fique para a pregação do Evangelho transformador (18, 19, 20). Toda libertação desemboca em uma vida santa de proclamação da Palavra!
Busque a santidade, peça a Jesus que o liberte daquilo em que o diabo tem colocado a mão imunda dele. Confesse os seus pecados para a sua liderança. Você será liberto! E liberto será boca de Deus neste tempo de desafios tão tremendos.
terça-feira, 24 de maio de 2011
O crânio de Niterói e os armários de minha vida.
Um crânio humano entre o teto e o gesso!
Como aquilo havia parado ali? era o que os peritos chamados pela polícia estavam se perguntando.
Voltei para Campos, mas o crânio continuou na minha mente. Aquele crânio já, em algum momento da história, havia sido a cabeça, ou pelo menos parte dela, de alguém. Já havia sido coberto de carne, músculos, já abrigara parte significativa do sistema nervoso de alguém. Alguém sorrira com aqueles dentes. Pele o cobrira. Orelhas em cada lado. Cabelos.
Mas agora o crânio estava ali, entre o teto e o gesso. Escondido do mundo. Esquecido pela história. Algum corpo jaz em algum lugar desconhecido sem a sua cabeça.
Então eu pensei nos meus armários. Nos arquivos escondidos de minha vida. Naquilo em que eu deposito as minhas ossadas, dia após dia.
Todos nós temos armários. Todos nós temos gavetas. E todos nós, por mais estranho que isso pode parecer, temos escondido em algum lugar ossadas que denunciam nossa vida.
Todos.
Eu e você.
Temos segredos, coisas que não mostramos para ninguém, coisas que nos envergonhariam se alguém sequer ventilasse isso.
O fato é que mais cedo ou mais tarde o gesso se quebra e nossas vergonhas são expostas. Senão para as pessoas à nossa volta, sem dúvida alguma para o nosso Deus, que tudo conhece. Feridas precisam ser tratadas e não escondidas. Quem se esconde perde o privilégio de ser cuidado e sarado.
Expor-se é se colocar diante de Deus em total nudez espiritual, é abrir os armários e deixar Deus limpá-los, tirar as ossadas escondidas, retirar o mofo, a poeira, a tralha que carregamos ao longo da existência.
Temos que fazer o movimento contrário de Adão e Eva, que ao pecarem se vestiram com folhagens tentando esconder a sua própria desgraça. Nós, em Cristo temos o dever santo de mostrar as nossas chagas ao Supremo Pastor de nossas vidas. Nos expor para Deus é o princípio de nossa cura total.
Aconselho você a procurar ser pastoreado por homens de Deus. Tenha discipuladores, amigos e irmãos espirituais que possam te ouvir, orar por você e com você porque quando confessamos os nossos pecados para sermos curados.
Mas faça essas escolhas com cuidado, lembrando-se sempre que quando mais importante um assunto for menos pessoas têm que ficar sabendo.
Não saia por ai dando as chaves do seu armário. Você se arrependerá amargamente. Entregue-as para Jesus, o cuidadoso Jesus, e Jesus usa pessoas.
Deus nos abençoe e limpe nossos armários.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
A resposta cristã ao sofrimento humano
Andei pensando e encontrei pelo menos quatro supostas origens para o sofrimento humano: o imprevisível imponderável, o sofrimento causados por terceiros, o auto-afligido, e por fim o causado por forças antagônicas ao que cremos ser o único e verdadeiro Deus, o que você provavelmente deve conhecer como demônio.
O primeiro deles parece-me não ter origem em nada. Ou melhor, em nenhum ente inteligente que propositalmente nos intenta algum mal. Por exemplo, as doenças cromossomáticas como as síndromes de Down, Turner ou Klinefelter. Ou ainda as doenças neurodegenerativas, progressivas e letais muitas vezes, como a doença de Lou Gehrig, que pode ter origem genética, mas que a ciência ainda parece não ter certeza de sua causa.
Há ainda terremotos, maremotos, acidentes aéreos fatais que ocorrem porque uma ave foi tragada no ar pela turbina de um Boeing. Ou quem sabe um meteoro que cai sobre uma casa, um vulcão que consome uma vila em sua fúria, uma corrente marinha mais forte que te afasta da costa levando ao afogamento do banhista (quase morri nessa). Não há negligencia, não há imperícia nem imprudência.
São coisas que acontecem, e que nos causam sofrimento, apesar de não termos ninguém em quem colocar a culpa.
Em seguida sofremos pela maldade de terceiros. Não precisamos ir longe para vermos isso bem de perto. Pessoas esquartejadas e lançadas a cães? Crianças lançadas de janelas de apartamentos? Holocausto (mais de seis milhões de pessoas morreram), Gulags soviéticos (mais de um milhão de seres humanos morreram), Darfur, Cruzadas, Inquisições, guerras, guerras, guerras... milhares delas.
Milhões de vidas desperdiçadas em nome da maldade, da ganância, da busca inescrupulosa pelo poder.
Pessoas de classe média são sequestradas para terem seus salários sacados em caixas eletrônicos e entregue à bandidos, são os sequestros relâmpagos. Moradores de favelas ficam sob a mira de uma polícia alucinada contra traficantes bem armados.
Exploração sexual de crianças. Trabalho infantil.
Seres humanos sendo maltratados porque são gordinhos. Seres humanos sendo mal tratados porque são idosos. Seres humanos sendo maltratados por serem diferentes da maioria.
A lista de perversidade que um homo sapiens é capaz de produzir é muito grande. Paro por aqui na certeza que você já deve ter entendido aonde quero chegar.
Ainda há o sofrimento que nós causamos a nós mesmos. Não apenas por um sadismo patológico, mas por fumarmos durantes anos e termos de conviver com enfisemas e câncer mais tarde, por exemplo.
Ou você que mente para si mesmo tentando construir uma vida que sabe não te pertencer, como os que chegam a passar fome em nome da vaidade. Ou quando colocamos nosso próprio corpo à venda em troca de dinheiro ou prazeres fugazes.
Só você sabe como você coloca sua cabeça no travesseiro.
Nós, que atiramos no próprio pé, dia após dia.
Por fim, há a ação direta do próprio demônio. Porque reconheço que existem doenças que não são causadas por vírus ou bactérias. Existem pessoas completamente dominadas por forças malignas. Pessoas que normalmente se deixam dominar, que se consagram e dão liberdade para que a ação demoníaca seja livre em suas vidas.
E eles se aproveitam disso. Sem piedade alguma.
Se bem que não duvido que quando um ser humano, em sã consciência atira no crânio de outro ser humano, seja pelo motivo que for, ele pode estar não só agindo pela própria maldade, mas também sob a influência de forças do mal.
(Não precisa-se estar endemoninhado para estar sob a influência, ingerência e ação do diabo.)
Mas, e a resposta cristã? E a resposta de Deus à todo este mar de sofrimento sem fim?
Como eu havia dito ontem, contra qualquer sofrimento, tenha ele a causa que tiver, a resposta é sempre Cristo.
Sempre.
E Cristo Jesus, neste mundo, age, preferencialmente à partir de seu Corpo Vivo nesta terra, à partir de pessoas que estão debaixo de seu senhorio. Chamamos o conjunto dessas pessoas de Igreja, apesar de que a palavra "igreja" ao longo da história tenha ficado completamente manchada por pessoas que à ela pertenciam, mas estavam muito, muito longe do senhorio do Senhor da Igreja, o Cristo.
Contra o imponderável imprevisível temos que ser presença de misericórdia, de amor, consolando e abençoando àqueles que sofrem à despeito de sua vontade. É o nu sendo vestido, o faminto sendo alimentado, o desabrigado sendo acolhido, é a Criação sendo protegida por nós.
Quando os maldosos agem no mundo, a Igreja tem que ser a voz da justiça, os denunciando ao mesmo tempo que os pregando o perdão.
Paradoxal? Claro! Absurdo? Certamente!
Estamos de frente ao mais lindo no Evangelho. O Reino de portas abertas para todos, desde o mais cruel e frio ao mais mansinho e inofensivo ser humano. Todos se afastaram de Deus, disse Paulo, todos são bem-vindos, disse Jesus. Ele veio para os enfermos, para os maus, afim de torná-los bons.
Morreu por isso. "Pois, morreu a nossa morte pra vivermos sua vida", como diz uma antiga canção.
É o Espírito Santo transformando a consciência do majestoso homo sapiens.
Quanto à você e eu. Pessoas como nós, que temos uma tendência auto-destrutiva, a resposta como sempre é o Cristo. Só Ele e mais ninguém. É a ação de Deus nos convencendo de toda cagada que insistimos em fazer contra nós mesmos. Arrependimento é a melhor palavra para um parágrafo como esse.
E arrependimento é a melhor crise que um homem pode ter. É ele se olhando no espelho e vendo quão imunda está a sua imagem. É a crise que nos salva de nós mesmos, para que assim, busquemos ao Cristo que nos transforma, nos moldando novamente à sua imagem e semelhança.
Por fim, os demônios. Sobre eles, vale o que o próprio Jesus Cristo disse. Temos autoridade. Em comunhão com Deus, vivendo uma vida digna diante do Pai, uma vida de oração, jejum, leitura e meditação nas Escrituras, não precisamos mais ficar de blablablá com o capeta. O lugar dele não é no palco e não é o superpoder de uns e outros que vai debelar aquilo que ele possa estar fazendo à vida humana.
Estando alguém endemoninhado, converse com Deus, e expulse o demônio na autoridade que há no nome de Jesus Cristo, e de mais ninguém.
Se o demônio atua por meio de uma enfermidade, expulse-a em nome de Jesus. Se a enfermidade atua por meio de um agente patológico, leve o seu semelhante ao médico.
A resposta cristã ao sofrimento é o Cristo, geralmente agindo através de gente como eu e você. Gente cujo o Espírito Santo atua com liberdade.
Espero ter conseguido jogar um pouco de luz sobre um assunto tão sombrio.
Amém
(Agradeço a gente como Ed René Kivitz, Charles Anthony, John Piper, Ariovaldo Ramos pela boa e fundamental influência)
domingo, 8 de maio de 2011
O presente divino da maternidade
Quando Adonai disse a Serpente em Gênesis capítulo 3, versículo 15, que poria inimizade entre o tentador e a mulher e entre sua descendência e a descendência dela, dizendo por fim que embora a Serpente viesse a ferir o calcanhar do Filho da mulher, este mesmo Filho lhe feriria a cabeça, Ele estava resignificando toda a maternidade, como disse o Pr Ariovaldo Ramos. Daquele momento em diante toda gestação seria um sinal de esperança da vinda e vitória do Messias.
É neste contexto que Jesus de Nazaré adentra a história, pelo poder do Espírito Santo, através do ventre da menininha de Judá que carregava dentro de si o “sim” de Deus para todas as Suas promessas (2 Co 1:19, 20). Maria, menina e mãe, que embala o sono do Deus Encarnado em uma estrebaria suja de Belém, trás no colo o modelo de ser humano, o Salvador dos povos, o Senhor do Cosmos.
Assim, toda a gravidez precisa ser celebrada no seio da Igreja, Igreja que se funda sobre a Rocha Eterna, que é o Filho do homem, pois uma mulher grávida carrega consigo não apenas um ser da mesma espécie. Muito mais do que mera biologia, tem a maternidade um sentido lindo e profundo, pois quem trás em seu ventre um ser humano, carrega alguém criado para ser redimido pelo Senhor, que esteve por nove meses no ventre daquela judiazinha na Palestina.
A maternidade é a forma encontrada por Deus para que crescêssemos e nos multiplicássemos. A maternidade é o desenho inteligente do Senhor para que a humanidade celebre o dom da vida, dado por Ele mesmo, de uma maneira cândida e bela.
Em um mundo em que contemplamos mães jogando seus filho na lixeira, peçamos a Deus que cada vez mais nos dê consciência do grande presente divino da maternidade. E que o Senhor abençoe e coloque a Sua mão amorosa sobre todas as mães de nossa Igreja e do mundo, para que elas saibam receber suas condições de vida, enquanto mães, como quem recebe uma grande e maravilhosa benção do Senhor.
Pr Carlos Magalhães